Fotos: Vinicius Becker (Diário)
Servidores públicos municipais de Santa Maria protestaram, na manhã desta terça-feira (28), contra o projeto de Reforma da Previdência apresentado pela prefeitura. O ato ocorreu na Praça Saldanha Marinho, no centro da cidade, e integra as manifestações organizadas para o Dia do Servidor Público.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
Após a concentração na praça, os manifestantes seguiram pela Rua Venâncio Aires em direção à Câmara de Vereadores, onde ocorre o segundo ato do dia, previsto para às 14h. O objetivo da mobilização é alertar a comunidade sobre os possíveis impactos da proposta, que inclui alterações no regime previdenciário, como o aumento do tempo de contribuição e a redução de benefícios aos servidores.
Debate sobre soluções para a Reforma
Durante a manifestação, representantes das categorias reforçaram a disposição para o diálogo com o Executivo municipal na busca de alternativas ao projeto de reforma. A coordenadora de Finanças do Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm), Marta Hammel, destacou que a categoria têm contribuído regularmente para o sistema previdenciário e que o déficit atual seria resultado de decisões administrativas acumuladas.
– Essa conta não é do servidor, foi construída ao longo dos anos por uma série de empurras do ente municipal ao nosso Instituto de Previdência. Então, se formou esse déficit que hoje é alardeado por todos os lados e que coloca a população contra os servidores – declarou.
Ela explicou que o sindicato já apresentou proposições à prefeitura, elaboradas com apoio de assessoria previdenciária. A busca, conforme Marta, é por soluções que não resultem em perdas para os trabalhadores.
A presidente do Sindicato dos Municipários de Santa Maria (Simusm), Vivan Serpa, também reiterou que a categoria está aberta à negociação.
– Estamos dispostos a dialogar assim que o projeto for apresentado, buscando uma alternativa que contemple tanto o Executivo quanto os servidores. Nesse Dia do Servidor Público, a gente quer valorização e respeito – afirmou.

Paralisações e indicativo de greve
A mobilização dos professores municipais ocorre em meio à 12ª paralisação da categoria neste ano. Segundo Marta Hammel, a suspensão das aulas é uma medida adotada diante do impacto que a proposta pode trazer aos servidores ativos e aposentados. De acordo com Vivan Serpa, o Sindicato dos Municipários também aprovou indicativo de greve e manterá uma vigília permanente para acompanhar a tramitação do texto.
O que diz a prefeitura
Por meio de nota, a Prefeitura de Santa Maria informou que "respeita o movimento de paralisação dos servidores e que acompanha os desdobramentos ao longo do dia. Segundo o Executivo, até o momento, não foram registradas alterações no atendimento da rede municipal de saúde.
A Secretaria de Educação (SMEd) declarou que monitora a adesão dos servidores das escolas municipais ao movimento, ressaltando que a participação é uma decisão individual de cada trabalhador. A pasta informou ainda que ainda não há levantamento sobre o número de alunos afetados.
Após cada paralisação, a SMEd realiza um levantamento interno para definir o cronograma de recuperação das atividades letivas. Conforme o órgão, o calendário é reorganizado caso a caso, garantindo o cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas-aula previstas para o ano."
Entenda a discussão sobre a Previdência: